sexta-feira, 20 de junho de 2008

BIBLIOTECA


Biblioteca Maria Alair Da Costa Pinheiro

Escola Estadual Professor Alfredo Nasser


Pesquisas

Muita Literatura Infantil

Gibis



Literatura Juvenil












sábado, 14 de junho de 2008

FOLCLORE

O CASO DO ESPELHO
RICARDO AZEVEDO
Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida nos cafundós da mata. Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas mãos:
- Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui?
- Isso é um espelho - explicou o dono da loja.
- Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai.
Os olhos do homem ficaram molhados.
- O senhor... conheceu meu pai? - perguntou ele ao comerciante.
O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.
- É não! - respondeu o outro. - Isso é o retrato do meu pai. É ele sim! Olha o rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito?
O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho. Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira. A mulher ficou só olhando.

No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando.
- Ah, meu Deus! — gritava ela desnorteada. - É o retrato de outra mulher! Meu marido não gosta mais de mim! A outra é linda demais! Que olhos bonitos! Que cabeleira solta! Que pele macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça do que eu!
- Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher, chorando sentada no chão, não tinha feito nem a comida.
- Que foi isso, mulher?
- Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá no retrato?
- Que retrato? - perguntou o marido, surpreso.
- Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira!
O homem não estava entendendo nada.
- Mas aquilo é o retrato do meu pai!
Indignada, a mulher colocou as mãos no peito: - Cachorro sem-vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre um velho lazarento e uma jabiraca safada e horrorosa?
A discussão fervia feito água na chaleira.
- Velho lazarento coisa nenhuma! - gritou o homem, ofendido.

A mãe da moça morava perto, escutou a gritaria e veio ver o que estava acontecendo. Encontrou a filha chorando feito criança que se perdeu e não consegue mais voltar pra casa.
- Que é isso, menina?
- Aquele cafajeste arranjou outra!
- Ela ficou maluca - berrou o homem, de cara amarrada.
- Ontem eu vi ele escondendo um pacote na gaveta lá do quarto, mãe! Hoje, depois que ele saiu, fui ver o que era. Tá lá! É o retrato de outra mulher!
A boa senhora resolveu, ela mesma, verificar o tal retrato. Entrando no quarto, abriu a gaveta, desembrulhou o pacote e espiou. Arregalou os olhos. Olhou de novo. Soltou uma sonora gargalhada.
- Só se for o retrato da bisavó dele! A tal fulana é a coisa mais enrugada, feia, velha, cacarenta, murcha, arruinada, desengonçada, capenga, careca, caduca, torta e desdentada que eu já vi até hoje!
E completou, feliz, abraçando a filha: - Fica tranqüila. A bruaca do retrato já está com os dois pés na cova!


(Versão de conto popular de origem chinesa)

DIA DO PROFESSOR

DIA DAS MÃES

sexta-feira, 13 de junho de 2008

quinta-feira, 12 de junho de 2008

JUNINAS

AS ESTRELAS DO ARRAIÁ DO ALFREDO NASSER, NA MANHÃ DE 20 DE JUNHO, FORAM OS ALUNOS DO 2° e 3º ANO.


"
"EITA ANIMAÇÃO, UAI!"















ESCOLA ESTADUAL PROF. ALFREDO NASSER
























A TURMA DO 5º ANO DA PROFESSORA RACHEL ENFEITA SALA E PRODUZ TEXTOS COM TEMA FESTAS JUNINAS
CARTAZES: PROFESSORA ABIGAIL

EXPOSIÇÃO DOS TEXTOS PRODUZIDOS PELOS ALUNOS DO 5º ANO


ESCOLA EST. PROF. ALFREDO NASSER

ARAGUAÍNA,12DE JUNHO DE 2008

EVENTOS CULTURAIS

LUZENIR NA ABERTURA DA III CONFERÊNCIA DO MEIO AMBIENTE ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ALFREDO NASSER - CONFERÊNCIA DO MEIO AMBIENTE - 2008
ALUNAS: DANIELA E LUANA


DIA DO PROFESSOR - OUTUBRO DE 2007 - ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ALFREDO NASSER






ALUNA PAULA KARCIA, LENDO UMA MENSAGEM AO DIA DO PROFESSOR




ALUNAS DO 8º ANO B





TURMA DO 8º ANO B COM A PROFESSORA ABIGAIL






PROFESSOR WEDSON NA SALA DO 9º B







DIA DOS PAIS E DIA DO ESTUDANTE -AGOSTO DE 2007 -ESC. EST. PROF. ALFREDO NASSER ARAGUAÍNA - TOCANTINS
GABRIEL E MARIA CAROLINA - ENCENAÇÃO DA MÚSICA: PAI

DIA DOS PAIS E DIA DO ESTUDANTE FORAM COMEMORADOS NA MESMA DATA, EM AGOSTO DE 2007, NA ESCOLA EST. PROF. ALFREDO NASSER. PROFESSORA GOIAMA LENDO UMA MENSAGEM AOS HOMENAGEADOS.











DIA "D" TODOS PELA EDUCAÇÃO O6.06.2008
ALUNOS DO 4º ANO B DA ESCOLA EST. PROF. ALFREDO NASSER.
APRESENTAÇÃO DE "ABRE A PORTA , MARIQUINHA"







EVENTOS CULTURAIS


PROFESSORA SÍLVIA, SUP. PEDAGÓGICO CRISTIANE


E ALUNOS DO 6º ANO DA ESCOLA ESTADUAL PROF. ALFREDO NASSER
VISITANDO I SEMANA DE CULTURA FACDO -FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE -ARAGUAÍNA-TOCANTINS






DATA: 12.06.2008

sexta-feira, 6 de junho de 2008

DIA "D" DA LEITURA












Trabalho dos alunos da Escola Estadual Professor Alfredo Nasser



A transformação do Meio Ambiente












Bendito é aquele que semeia livros, livros a mão cheia e manda o povo pensar. O livro caindo na alma, é germe que faz a palma, é chuva que faz o mar.

Castro Alves

Luvendora
Biblioteca da Escola

alunos do 9º ano B - 2007


Alunos no pátio da Escola

Debates sobre Meio Ambiente



Leitura de textos diversificados

Alunas do 8º B - 2007





Professora Maria Dilza com sua turminha

praticando leitura
2007


DIA "D" DA LEITURA

ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ALFREDO NASSER.

ARAGUAÍNA - TOANO: 2007

ALUNOS DO 2º ANO

ALUNOS DO 8º ANO B -2007






A farmácia e a livraria

Lá na rua em que eu pensava,
tinha uma livraria
bem do lado da farmácia.
Todo mundo ia à farmácia
comprar frascos de saúde.
E depois ia do lado,
pra comprar a liberdade.
Pedro Bandeira


Affonso Romano de Sant'Anna


Passando pela porta de um colégio, me veio uma sensação nítida de que aquilo era a porta da própria vida.
Banal, direis.
Mas a sensação era tocante.
Por isto, parei, como se precisasse ver melhor o que via e previa.
Primeiro há uma diferença de clima entre aquele bando de adolescentes espalhados pela calçada, sentados sobre carros, em torno de carrocinhas de doces e refrigerantes, e aqueles que transitam pela rua.
Não é só o uniforme.
Não é só a idade.
É toda uma atmosfera, como se estivessem ainda dentro de uma redoma ou aquário, numa bolha, resguardados do mundo.
Talvez não estejam.
Vários já sofreram a pancada da separação dos pais.
Aprenderam que a vida é também um exercício de separação.
Um ou outro já transou droga, e com isto deve ter se sentido (equivocadamente) muito adulto.
Mas há uma sensação de pureza angelical misturada com palpitação sexual, que se exibe nos gestos sedutores dos adolescentes.
Ouvem-se gritos e risos cruzando a rua.
Aqui e ali um casal de colegiais, abraçados, completamente dedicados ao beijo. Beijar em público: um dos ritos de quem assume o corpo e a idade.
Treino para beijar o namorado na frente dos pais e da vida, como que diz: também tenho desejos, veja como sei deslizar carícias.
Onde estarão esses meninos e meninas dentro de dez ou vinte anos?
Aquele ali, moreno, de cabelos longos corridos, que parece gostar de esportes, vai se interessar pela informática ou economia;
aquela de cabelos loiros e crespos vai ser dona de butique;
aquela morena de cabelos lisos quer ser médica;
a gorduchinha vai acabar casando com uma gerente de multinacional;
aquela esguia, meio bailarina, achará um diplomata.
Algumas estudarão Letras, se casarão, largarão tudo e passarão parte do dia levando filhos à praia e praça e pegando-os de novo à tardinha no colégio.
Sim, aquela quer ser professora de ginástica.
Mas nem todos têm certeza sobre o que serão.
Na hora do vestibular resolvem.
Têm tempo.
É isso.
Têm tempo.
Estão na porta da vida e podem brincar.
Aquela menina morena magrinha, com aparelho nos dentes, ainda vai engordar e ouvir muito elogio às suas pernas.
Aquela de rabo-de-cavalo, dentro de dez anos se apaixonará por um homem casado.
Não saberá exatamente como tudo começou.
De repente, percebeu que o estava esperando no lugar onde passava na praia.
E o dia em que foi com ele ao motel pela primeira vez ficará vivo na memória.
É desagradável, mas aquele ali dará um desfalque na empresa em que será gerente.
O outro irá fazer doutorado no exterior, se casará com estrangeira, descasará, deixará lá um filho - remorso constante.
Às vezes lhe mandará passagens para passar o Natal com a família brasileira.
A turma já perdeu um colega num desastre de carro.
É terrível, mas provavelmente um outro ficará pelas rodovias.
Aquele que vai tocar rock vários anos até arranjar um emprego em repartição pública.
O homossexualismo despontará mais tarde naquele outro, espantosamente, logo nele que é já um don juan.
Tão desinibido aquele, acabará líder comunitário e talvez político.
Daqui a dez anos os outros dirão: ele sempre teve jeito, não lembra aquela mania de reunião e diretório?
Aquelas duas ali se escolherão madrinhas de seus filhos e morarão no mesmo bairro, uma casada com engenheiro da Petrobrás e outra com um físico nuclear.
Um dia, uma dirá à outra no telefone: tenho uma coisa para lhe contar: arranjei um amante.
Aconteceu.
Assim, de repente.
E o mais curioso é que continuo a gostar do meu marido.
Se fosse haver alguma ditadura no futuro, aquele ali seria guerrilheiro.
mas esta hipótese deve ser descartada.
Quem estará naquele avião acidentado?
Quem construirá uma linda mansão e um dia convidará a todos da turma para uma grande festa rememorativa?
Ah, o primeiro aborto!
Aquele ali descobrirá os textos de Clarice Lispector e isto será uma iluminação para toda a vida.
Quantos aparecerão na primeira página do jornal?
Qual será o tranqüilo comerciante e quem representará o país na ONU?
Estou olhando aquele bando de adolescentes com evidente ternura.
Pudesse passava a mão nos seus cabelos e contava-lhes as últimas estórias da carochinha antes que o lobo feroz assaltasse na esquina!
Pudesse lhes diria daqui: aproveitem enquanto estão no aquário e na redoma, enquanto estão na porta da vida e do colégio.
O destino também passa por aí.
E a gente pode às vezes modificá-lo.

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